Roda do Viva o Samba - Aniversário de 10 anos
02 de Fevereiro - Domingo 14:00h
Mīrārī - Lisboa, LIS
Classificação Indicativa: Livre
Há algo de mágico em cada roda de samba. É difícil explicar, mas quem já esteve ali, de coração aberto, sabe do que estamos falando. O som do pandeiro marcando o compasso, o cavaquinho brincando com as notas, as vozes em coro celebrando histórias, dores e amores… Essa energia tem nos acompanhado há dez anos. E, meus amigos, é essa roda que nos une.
Todos os domingos, como uma oração coletiva, nos encontramos para cantar samba e reverenciar a essência de uma das maiores riquezas da cultura brasileira. Em cada roda, há memórias. Em cada acorde, há um pedaço de nós.
Quando o Viva o Samba nasceu, nunca imaginamos que chegaríamos aqui. Era apenas um sonho, que, de tão querido, carregava o nome de “Projeto Viva o Samba”. Lisboa, naquela época, era uma cidade diferente. Não tinha ainda o fluxo de pessoas que tem hoje, nem havia despertado totalmente para a beleza e a força da cultura brasileira.
A nossa proposta era ambiciosa: mostrar o samba de um jeito nobre, respeitado, potente. Apresentar aos portugueses – e ao mundo – o samba como ele merece ser vivido.
De repente, o “projeto” ficou para trás. O que tínhamos nas mãos já não era só um plano, era um movimento, uma realidade. O Viva o Samba veio para ficar.
Desde 2015, muita coisa aconteceu. Já nos apresentamos em tantas ocasiões que a lista é quase infinita: tivemos a honra de abrir shows de gigantes como Zeca Pagodinho, Fundo de Quintal, Mart’nália, Raça Negra, Xande de Pilares. Já fomos a banda de Belo, Jorge Aragão, Moacyr Luz, e outros nomes que dedicam suas vidas ao samba.
E não parou por aí. A música nos levou além. Levamos o samba brasileiro aos palcos de festivais na Alemanha, Catalunha e Suíça. Fizemos temporadas de shows em Luanda. E hoje, tocamos regularmente em pelo menos quatro cidades europeias.
Nossos tambores ressoaram até na televisão portuguesa. Gravamos músicas, fizemos um feat com António Zambujo e até ajudamos a criar um espaço para o samba numa praça da capital.
Se tem uma coisa que nos move é a mistura. Já cantamos samba ao lado de fadistas renomados, unindo o som do fado ao balanço do samba. Participamos de uma linda homenagem à grande Amália Rodrigues, misturando Portugal e Brasil numa só batida. Já recebemos convidados do Japão e de outras partes do mundo, provando que o samba é uma linguagem universal.
Depois de tantos anos de trabalho e conquistas, veio um momento delicado: a pandemia. Quando tudo parou, foi o samba que nos reconectou. Tivemos o privilégio de tocar no Coliseu dos Recreios, marcando um recomeço cheio de emoção e significado.
Mas, apesar de tantas mudanças, uma coisa nunca deixou de fazer sentido: nos encontrarmos todos os domingos. Não importa onde estejamos ou quantos passos já demos. O coração do Viva o Samba bate ali, na roda, ao redor do pandeiro e da alegria compartilhada.
Hoje, o samba se espalhou por Portugal. Ele está nas festas de empresas, nos casamentos, nos batizados. Está na vida de quem nos acompanha e nos dá força desde o início. Ele cresceu, e, com ele, nós também crescemos.
O mais bonito de tudo isso? Nada foi forçado. Tudo aconteceu de forma natural. O Viva o Samba não é só música; é conexão, cultura, história. É uma energia que transforma.
Hoje, olhando para trás, é impossível não sorrir. O que começou como um sonho virou algo muito maior. E o que nos moveu até aqui continua nos movendo: o amor pelo samba, pela arte e pela magia de estarmos juntos.
Que venham mais 10, 20, 50 anos de samba. Porque enquanto houver uma roda, um tambor e alguém para cantar, o Viva o Samba continuará vivo. Obrigado por fazerem parte dessa história. Vamos juntos, porque o samba nunca para!
Produção e realização - VIVENDO DE SONHOS PRODUÇÕES, LDA
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